A Colonização
O texto descrito a seguir será rotulado por muitos de utópico, por outros como visionário ou futurista, mas eu prefiro lógico.
Estamos no ano de 2700, há muito tempo inventamos os motores na velocidade da luz, desvendamos o código genético (existem clínicas com um catálogo onde você escolhe como quer seu filho, ou seja, cor dos olhos, cabelos, enfim, e ele é inseminado, nascendo uma criança com as feições desejadas), também descobrimos uma nova terra próxima que possui um clima idêntico ao nosso, porém nossa a Terra está cada vez mais debilitada pelas guerras e pelo consumo de matérias-primas que vem aumentando. Decidimos, então, procurar por essas matérias nos planetas vizinhos (já catalogamos os planetas e sabemos quais nos podem fornecer matérias) e também verificar esta nova terra.
Realizado o projeto de colonização da nova terra, mandamos um foguete a este novo lugar (a cada viagem é transcorrido uma quantia significativa de anos, já que estamos viajando na velocidade da luz), ao chegarmos, descobrimos que este planeta é exatamente a Terra na era inicial, na época da “sopa de átomos”. Ainda é cedo para viver ou mesmo extrair algo deste lugar, então decidimos ajudar a aflorar a vida adicionando a essa “sopa” moléculas que irão interagir com as que já existem e gerarão células. Retornamos à Terra(neste percurso, já se passaram vários anos) com amostras do solo, de água, minérios para estudos.
Decorridos alguns anos realizamos nova viagem para conferir a situação da nova terra. Verificamos que já se formam pequenas formas de vida e decidimos modificá-las geneticamente a fim de transformá-las em formas de vida mais evoluídas. Novo retorno ao planeta Terra. Constatamos que se seguirmos um padrão de viagens (levando em conta o tempo decorrido durante a jornada) em pouco tempo já existirá uma forma de vida, embora selvagem, desenvolvida o suficiente para que possamos domesticá-la.
Após algum tempo é feita mais uma viagem e, ao chegarmos, nos deparamos com animais semelhantes aos primatas, o próximo passo é lhes tornar hábeis o suficiente para que possam trabalhar com ferramentas. Assim poderão construir uma civilização e também conseguir matéria-prima para a Terra. É realizado então o experimento mais decisivo: implantar DNA humano nestes primatas para que possam se tornar a nossa imagem e semelhança. Ao fazer os primeiros testes verificamos que este novo ser ainda não é o ideal (ele se assemelha ainda aos primatas primitivos). Devemos descartá-lo, mas utilizaremos seu código genético para evoluir a nova raça. Diversos procedimentos como este são realizados para que possamos chegar a um ser muito próximo a nós. Enfim conseguimos, ele é inteligente o suficiente para utilizar ferramentas e também criar, além disso, ele dominará os animais ao redor que nós não quisemos evoluir.
Ensinamos a este novo homem as artes, ciências para que ele possa sobreviver e evoluir tecnologicamente. Ao sairmos da nova terra, percebemos que o novo homem se assustou muito com a nave decolando. Decidimos, na próxima viagem, instaurar uma base em meio o oceano para que decolemos dela e apenas utilizemos meios de locomoção pequenos para ir a terra firme.
Quando o novo homem nos pergunta de onde viemos, apesar de nos ter visto vindo do céu com nossos aviões, dizemos que viemos das águas para ajudá-lo.
A civilização está aumentando muito e nós não podemos administrá-los diariamente, então elegemos um deles, o mais evoluído, para o cargo de líder. A nova civilização o chama de imperador e a nós de Deuses, pois viemos de um lugar distante com “poderes” incríveis e estamos acima do imperador.
Decidimos levar alguns dos novos seres humanos para outras regiões da nova terra, mas não queremos reiniciar a história de novo, por isso, os levamos para a base no oceano para ensinarmos os seus deveres e como eles devem prosseguir. Após isso, os deixamos com a certeza de que eles evoluirão com sua tecnologia.
Depois de muito tempo e de muitas viagens percebemos que eles não lembram mais de nós, seus criadores, e aparecemos para eles mostrando o nosso “poder” e também construindo edificações megalíticas e astronomicamente perfeitas para que quando puderem percebê-las, lembrem de nós. Também, de tempos em tempos, deixamos alguns “representantes” entre eles para pronunciar nossa mensagem de que eles não estão sozinhos e que foram gerados por nós.
A nova terra já está em um patamar muito próximo ao nosso, começaram a desenvolver aviões e foguetes, inconscientemente tentando atingir os “deuses” que os criaram, realizamos visitas, mas não nos atrevemos mais a entrar em contato devido ao poderio bélico que possuem, podem não nos aceitar mais ou achar que nós os abandonamos.
Nossa base aquática há muito tempo nós a retiramos, mas sabemos que eles ainda cultuam as histórias da criação como lendas ou fábulas, outros até se aproveitam e criam religiões. Mal sabem eles que uma simples busca em suas histórias ou mesmo nos edifícios que construímos revelará quem realmente são os “deuses”.
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